terça-feira, 8 de junho de 2010

Modelos de Resenha

Queridos alunos,
o livro que solicitei a leitura durante as férias, além de um mecanismo para que não se olvidem de mim, servirá para introduzi-los à Cultura Clássica. Para realizar o trabalho e efetuar uma resenha veja os modelos contidos no site a seguir:
Modelos de Resenha

Abraços

Daniel

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Projeto Vídeo Clipe

Com a finalidade de promover o uso de outras linguagens, a utilização da música e da imagem se fundem num processo dinâmico: o vídio-clipe. Mais do que uma representação artística, este pode ser utilizado como fonte de análise crítica de nosso cotidiano. Assim sendo, para facilitar a confecção de seu trabalho selecionei um exemplo. Clique, baixe e assista!

Música: "Que País é Esse?"


Etapas sugeridas:
1- Pesquisa e seleção da música.
2- Análie e compreensão da música.
3- Busca de imagens compatíveis com cada verso da música.
4- Edição da música com as imagens (Movie Maker, por exemplo).
 Para baixar o programa clique aqui.
Clique aqui para baixar apostila de Movie Maker
5- Criar Introdução e Créditos (Opcional)
6- Apresentar e verificar se deu tudo certo...

Depois é só curtir.
Saiba que esse é apenas um exemplo... deixe sua criatividade aflorar.

Abraços

Daniel Sorriso

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Links da II Guerra

Site da Revista Veja
Melhor Acervo sobre o Conflito

Resumo Básico


Introdução : As causas da Segunda Guerra Mundial
Um conflito desta magnitude não começa sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vários fatores influenciaram o início deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela África e Ásia.

Um dos mais importantes motivos foi o surgimen to, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas. Na Alemanha surgiu o nazismo, liderado por Hitler e que pretendia expandir o território Alemão, desrespeitando o Tratado de Versalhes,  inclusive reconquistando territórios perdidos na Primeira Guerra. Na Itália estava crescendo o Partido Fascista, liderado por Benito Mussolini, que se tornou o Duce da Itália, com poderes sem limites.
Tanto a Itália quanto a Alemanha passavam por uma grave crise econômica no início da década de 1930, com milhões de cidadãos sem emprego. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países foi a industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc).
Na Ásia, o Japão também possuía fortes desejos de expandir seus domínios para territórios vizinhos e ilhas da região. Estes três países, com objetivos expansionistas, uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de conquistas elaborados em comum acordo.
O Início
O marco inicial ocorreu no ano de 1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia. De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos : Aliados (liderados por Inglaterra, URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão ).
Desenvolvimento e Fatos Históricos Importantes:

  • O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo, lideradas pelas forças armadas da Alemanha, que conquistou o Norte da França, Iugoslávia, Polônia, Ucrânia, Noruega e territórios no norte da África. O Japão anexou a Manchúria, enquanto a Itália conquistava a Albânia e territórios da Líbia.


  • Em 1941 o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor no Oceano Pacífico (Havaí). Após este fato, considerado uma traição pelos norte-americanos, os estados Unidos entraram no conflito ao lado das forças aliadas.


  • De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas. 


  • O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.

Final e Consequências
Este importante e triste conflito terminou somente no ano de 1945 com a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição, ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagazaki. Uma ação desnecessária que provocou a morte de milhares de cidadãos japoneses inocentes, deixando um rastro de destruição nestas cidades.
bomba atômica Bomba Atômica explode na cidade japonesa de Hiroshima
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de judeus.










Fonte do Texto:  http://www.suapesquisa.com/segundaguerra/

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Bibliografia - História Antiga I

( Para alunos da FIMI)

Bibliografia


1- Básica
ALTER,R. et KERMODE, F. (Orgs.) Guia Literário da Bíblia. São Paulo: Ed. Unesp, 1998.
BOUZON, E. O código de Hammurabi. Rio de Janeiro:Vozes,2000.
___________. Ensaios babilônicos: Sociedade, Economia e Cultura na Babilônia Pré-cristã. Porto Alegre:EDIPUCRS, 1998, Col. História 19.
BOTTÉRO, J. O Nascimento de Deus: a Bíblia e o Historiador. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.
BRIGHT, J. História de Israel. São Paulo: Edições Paulinas, 1985.
CARDOSO, Ciro F Sete Olhares Sobre a Antigüidade. Brasilia: Ed. da UNB, 1994.
_______________. Antiguidade Oriental: política e religião. São Paulo: Contexto, 1997.
CHEILIK, Michael. História Antiga: dos seus primórdios à queda de Roma. Rio de Janeiro: Zahar,1984.
CHEVITARESE, A. L.; ARGOLO, P. F.; RIBEIRO, R. S. (Org.). Sociedade e religião na Antiguidade Oriental. Rio de Janeiro: Fábrica de Livros; SENAI, 2000.
CUTIS GIORDANI, M. História da Antiguidade Oriental. Petrópolis: Vozes, 1992
DONADONI, Sergio (org). O Homem Egípcio. Lisboa: Editorial Presença, 1994
ELIADE, Mircea. História das Idéias e das Crenças Religiosas. Porto: Rés Editora, 1983.
FUNARI, P. et alli. História Antiga: contribuições brasileiras. São Paulo: Annablume, 2009
GARELLI, P. NIKIBROWETZKY,V. Oriente Próximo Asiático. São Paulo: Pioneira, 1982.
GERNET, J. O Mundo Chinês. Lisboa: Cosmos, 1979. p. 11- 42 ( Introd. e Cap. I)
GWENDOLYN, L. Mesopotâmia. Rio de Janeiro: Imago, 2003
KI-ZERBO, J. (Org.) História Geral da África: Metodologia e Pré-História da África. São Paulo: Ática, 1982.
KRAMER, S. Mesopotâmia. Rio de Janeiro: José Olympio, s/d.
LEITE,E. Religião e Sociedade na Índia Antiga. IN:
CHEVITARESE, A et alli (Orgs) Sociedade e Religião na Antiguidade Oriental.Rio de Janeiro: Fábrica de Livros,2000.
LÉVÊQUE, P. As Primeiras Civilizações. Rio de Janeiro: Edições 70, 1988.
MONTET, P. O Egito no Tempo de Ramsés. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Atual, 2006.
_____________ . 100 textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 1991.
_____________. Modo de Produção na Antiguidade. São Paulo: Global, 1982.
VERCOUTTER, J. O Egito Antigo. Rio de Janeiro: Difel, 1986.

2- Complementar
BAKOS, Margaret M. Fatos e mitos do Antigo Egito. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994.
__________________. (Org). Egiptomania: o Egito no Brasil. São Paulo: Paris, 2004.
CARDOSO, Ciro F. e outros. Modo de Produção Asiático: nova visita a um velho conceito. Rio de Janeiro: Campus, 1990.
________________. O Egito Antigo. São Paulo: Brasiliense, 1982.
________________. Sociedade do Antigo Oriente próximo. São Paulo, Ática, 1986. (princípios).
________________.Modos de produção na Antiguidade. São Paulo, Global, 1982. CARDOSO, C. F. S. Trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro, Geral, 1984.
CROUZET, Maurice. História Geral da Civilização. Rio de Janeiro, Bertrand, 1993. Vols. 1, 2 e 3.
DONNER, Herbert. História de Israel e dos povos vizinhos. São Leopoldo/Petrópolis: Ed. Vozes/Sinodal, 2v, 1997.
GERNET, J. A China Antiga. Lisboa: Arcádia, 1969.
GUGLIELMO, Antonio Roberto. A Pré-História: uma abordagem ecológica. São Paulo: Brasiliense, 1991.
HOOKER, J.T. Lendo o passado: do cuneiforme ao alfabeto. SP: EDUSP, 1996.
JACQ, Chistian. As Egípcias: retrato de mulheres do Egito faraônico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
LE GOFF, J. História e Memória. 4ª ed. Campinas, SP: Ed. UNICAMP, 1996.
LEROI; GOURHAN et alli. Pré-História. São Paulo: Pioneira; EDUSP, 1981.
LEVÊQUE, Pierre. As Primeiras Civilizações. Volume 1: Os Impérios de Bronze. Lisboa: Edições 70, 1987.
McEVEDY, Colin. Atlas de História Antiga. São Paulo: Verbo, 1979.
NOBLECOURT, C. A Mulher nos Tempos dos Faraós. São Paulo: Papirus, 1994.
RODRIGUES, R. O Homem na Pré-história. São Paulo, Moderna, 1992.
SAVELLE, Max. História da Civilização Mundial: As primeiras culturas humanas. BH, Villa Rica, 1990.

Música: Revolução Industrial

( Para meus alunos do 2º Ensino Médio)

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

No século _______
Europa está em expansão;
manufaturas não conseguem
atender a população.

Começa na ____________
a Revolução Industrial.
Lá tem a ______________
tecnologia e ____________.

Além da matéria prima,
que é o _________ e o ____________,
aparecem as ___________
para aumentar a produção.

Surgem as ____________
e os empresários industriais.
Os operários com as suas
reivindicações sociais.

Contra as ___________________
e os ______________________,
mulheres e crianças
preferidos no trabalho.

Refrão

Desemprego pintando
a máquina é a culpada.
O Movimento ______________
tenta quebrar na paulada.

Em seguida o _________________
exige do _________________
muitas reivindicações
e um melhor tratamento.

Tecnologia e indústria
não param de crescer mais.
Operários se estruturam
Em ____________________________.

Apesar das diferenças
sempre chegam nu acordo.
E o mundo vai crescendo,
aumentando o conforto.

Refrão

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Significados dos 20 /Anos da Queda do Muro de Berlim

Texto 1:
O significado do muro de Berlim


O muro de Berlim, construído em 1961 para consagrar a separação entre as duas Alemanhas – Oriental e Ocidental – e também entre duas Europas, foi demolido em novembro de 1989. Pouco tempo depois, em outubro de 1990, era oficializada a reunificação alemã. Esse foi um importante acontecimento histórico, pois o muro de Berlim era o grande símbolo da oposição entre o capitalismo e o socialismo, entre a área de influência norte-americana e a área de influência soviética. É por isso que normalmente se afirma que 1989 foi o ano-chave da crise do socialismo e das economias planificadas. A queda do muro de Berlim, em 1989, foi um momento decisivo nas transformações que ocorreram no mapa-mundi no final do século XX.
O muro de Berlim foi construído em 1961 pelas autoridades alemãs-orientais e soviéticas, que temiam a comparação entre a parte leste de Berlim e a parte oeste, que estava sob proteção de tropas norte-americanas, francesas e britânicas. Milhares de pessoas tentavam a cada ano abandonar a parte leste da cidade e se fixar em Berlim ocidental. O muro impediu isso. Famílias ficaram divididas, de um dia para o outro, as pessoas ficaram sem contato com os parentes que ficaram do outro lado do muro.
Durante quase trinta anos essa divisão da cidade em duas partes, com regimes políticos e formas de economia diferentes, foi uma rotina. Mas em 1989 pessoas de ambos os lados, dirigiu-se a esse muro e demoliu. As tropas soviéticas e alemãs-orientais nada fizeram para impedir a demolição, pois já estava ocorrendo uma crise do socialismo e da economia planificada.
A União Soviética, em 1989, vivia uma crise econômica e política, vendo-se obrigada e gradativamente deixar de lado sua posição como superpotência e, diminuir seus gastos militares para manter os regimes do Leste europeu. Quando os povos do Leste, especialmente de Berlim oriental, perceberam que as tropas soviéticas não mais iriam intervir nos seus países, que não mais impediram manifestações populares contra o regime, saíram às ruas e organizaram grandes manifestações a favor de mudanças. Uma delas, talvez a mais importante, foi essa manifestação contra o muro de Berlim, que levou à sua demolição.
Por outro lado, nas últimas décadas, a Europa ocidental alcançou um notável desenvolvimento que a tirou da condição relativa periferia dos Estados Unidos. Desde os anos 80, tanto a Europa ocidental como o Japão passaram a ser vistos como dois novos centros mundialmente importantes e competitivos, outros pólos ou centros de poder do mundo capitalista.
O padrão de vida e o consumo se elevaram bastante na Europa ocidental desde os anos 70. o que aumentou as diferenças que já existiam em relação ao Leste europeu.
Os povos do Leste europeu sonhavam com o padrão de vida e o consumo da parte ocidental do continente europeu, mais foi um sonho reprimido até os anos 80. Com a crise do socialismo e em especial com o enfraquecimento da superpotência que comandava esse bloco, saíram às ruas exigindo mudanças, aspirando a uma situação semelhante à da outra parte do continente. A queda do muro de Berlim, a reunificação da Alemanha e as grandes mudanças políticas e econômicas que vêm ocorrendo na Europa oriental desde os anos 90 resultam de um conjunto de reivindicações, sobretudo políticas, que remontam às primeiras intervenções militares soviéticos em territórios de alguns desses países em meados da década de 1950.

Fonte: http://paises.hlera.com.br/europa/alemanha/o-significado-do-muro-de-berlim.htm
 
Texto 2:
Vinte anos depois, Muro de Berlim vira símbolo da tolerância na Alemanha unificada


IRIS JÖNCK
Colaboração para o UOL Viagem
É impossível não desembarcar em Berlim procurando pelo que restou de um dos momentos históricos mais impactantes do século 20. Em novembro de 1989, uma multidão eufórica pôs abaixo os 155 quilômetros do muro que, desde 1961, separou simbolicamente o Ocidente do bloco comunista durante os duros tempos da Guerra Fria.
Para a decepção de muitos, encontrar vestígios do antigo marco divisório das duas Alemanhas não é uma tarefa fácil: em seu lugar ergueu-se uma metrópole vibrante, restabelecida política e economicamente, que não olha para trás. Berlim fascina os visitantes que tentam decifrar o significado de sua nova paisagem, repleta de edifícios modernos, grafites provocadores e muita agitação cultural.
Vinte anos depois da unificação, no coração da cidade, os sinais da nova Berlim vão muito além das poucas ruínas que restaram de pé. Potsdamer Platz exibe escombros do muro só para turista ver. Antes quase abandonado por conta da divisão da cidade, o centro agora exibe reluzentes prédios, como o complexo da Crysler e o Sony Center, que dão a dimensão do ritmo de mudança que a cidade se impôs.
Um dos raros resquícios do muro transformou-se em galeria a céu aberto: a East Side Gallery, entre as estações de metrô Ostbahnhof e Warschauerstrasse. Com 1,3km de extensão, apresenta grafites feitos em 1990 por 118 artistas de 21 diferentes nacionalidades. Da era comunista, muito pouco sobreviveu. A construção mais marcante é a charmosa e futurista torre de TV, na Alexanderplatz, com seus 368 metros, impossível de não ser avistada de qualquer parte. Orgulho da extinta República Democrática Alemã (RDA), oferece uma bela vista da cidade e um restaurante giratório no topo.

Em busca de uma sociedade cada vez mais tolerante e aberta às diferenças, Berlim tem, contudo, consciência de seu passado. Os monumentos avistados pelo percurso das principais ruas tratam de contar a história para que ela não seja esquecida. Perto da Potsdamer Platz surge o Monumento ao Holocausto criado pelo arquiteto norte-americano Peter Eisenman e inaugurado em 2005, que chama à reflexão. O Museu Judaico, no bairro de Kreuzberg, atrai quatro milhões de visitantes todos os anos.
A Porta de Brandenburgo, outro antigo símbolo da divisão no centro da cidade, hoje reforça os tempos de liberdade. Dali sai a Unter den Linden, avenida famosa por suas embaixadas. Caminhando um pouco mais pela Friedrichstrasse chega-se ao Checkpoint Charlie, antigo ponto de controle utilizado para a passagem entre os lados, que guarda as histórias de quem tentava cruzar a fronteira em um museu de mesmo nome.
A Igreja Kaiser-Wilhelm-Gedächtnis-Kirche, no bairro de Charlottenburg, no lado oeste, foi parcialmente destruída pelos bombardeios e hoje está preservada para mostrar as conseqüências da guerra. Ao seu redor, em contraste, foram erguidos modernos shoppings centers, com produtos de luxo, design e tecnologia de última geração.
O Reichstag (Parlamento Alemão), na Platz der Republik, voltou a ser ocupado no aniversário de dez anos da reunificação, consolidando o status de capital do país. Na reinauguração do edifício foi apresentada sua nova cúpula, um dos pontos altos da visita à cidade. Destruída na 2ª Guerra e 'reconcebida' pelo arquiteto Norman Foster, o projeto destaca a transparência, permitindo que os visitantes vejam o interior a partir do topo. Um símbolo do poder da democracia.
O apreço pela cultura que era compartilhado por ambas Alemanhas ganhou uma nova dimensão com a capital unificada. A cidade possui intensa agenda cultural, com peças, exposições e concertos, aproveitando o grande número de teatros espalhados pelos dois lados da cidade. Os números falam por si: são 170 museus, oito orquestras sinfônicas e três companhias de ópera permanentes.


Diversão de leste a oeste
Na nova Berlim, os termos "leste" e "oeste" caíram por terra, sem tempo para criar inimizades. A necessidade de mudança era tão grande que os dois lados passaram por cima das diferenças. Berlim, vinte anos depois, está de fato unificada.
A capital alemã se reinventou fortalecida pelas suas contradições, com um lado ocidental de estilo mais tradicional, enquanto a porção oriental assumiu o papel de palco principal dos movimentos criativos e underground. Esse espírito inquieto do leste de Berlim atrai não só milhares de visitantes como novos moradores e estudantes de todo o mundo, que aproveitam de um dos mais baixos custos de vida entre as grandes capitais européias.
É nos bairros sob o antigo regime comunista que se percebe mais forte o instinto pulsante e rebelde de Berlim: com uma veia cultural de rua, junto às diferentes tribos, ateliers de artistas, manifestações de contracultura e uma agitada cena noturna.
Clubes escondidos e festas com endereço secreto em prédios abandonados já foram febre nos anos 90 e alguns ainda resistem, mas em menor número. E apesar da tradição em música eletrônica, há muitas opções de diversão na noite, com destaque para a variedade do público. Berlim é uma das cidades mais abertas aos homossexuais e tradicional reduto de artistas e alternativos. As atrações podem ir desde leitura de poesias e shows de folk em bares como Kaffe Burguer e Möbel Olfe, performances no mítico Bar 25, ou até aulas de dança no SO36 e Café Fatal.
Com a tolerância levada a sério, existe uma postura divertida frente aos espetáculos mais inusitados e bizarros. Às vezes tudo é oferecido por um mesmo clube dependendo do dia da semana. Um das casas mais baladas é o Panoramabar, às margens do rio Spree. Os amantes do jazz também desfrutam de um circuito próprio de casas de shows, como o Yorckschlösschen, que atrai os melhores músicos da cena européia e norte-americana.
Tascheles, o famoso edifício "okupa" invadido por artistas e agitadores sociais em 1990 para impedir sua demolição, continua de pé e ainda sedia artistas, que ali trabalham e expõem suas obras. Na ocupação, esses coletivos criaram uma comunidade com regras e estilo de vida alternativos. O Mitte, bairro onde se situam ateliês, reflete a renovação urbana sofrida na região e que aos poucos vai perdendo seu jeito alternativo com crescimento do comércio atraído pelos artistas.
Em toda a antiga região oriental também se encontram as principais instituições e galerias que oferecem residências artísticas, fazendo de Berlim um dos destinos mais desejados pelos novos criadores na Europa. Com presença ainda de punks, imigrantes de distintas nacionalidades e a comunidade gay, a área tem uma atmosfera única. Dá para perder horas passeando por ali.
Prenzlauer Berg está cheio de brechós onde se podem encontrar muitas peças de roupas originais que vão desde abrigos de ginástica da época das Olimpíadas de Munique de 72 até antigos uniformes e quepes do exército da RDA. As ruas Oderbergerstrasse e Kastanienallee são um bom exemplo da onda nostálgica cultuada em Berlim, com suas lojas de móveis e artigos vintage, além do comércio de vinil.
Novos estabelecimentos alternativos, designers e gente do mundo da moda proliferam por ali, assim como em Friedrichshain (ruas Kopernikustrasse e Wühlischsatrsse) e Kreuzberg (rua Oranienstrasse), considerados como os bairros mais badalados da cidade, que ainda conservam melhor suas características originais.


Rebeldia e militância ecológica
Em toda Berlim, slogans de revolução e símbolos anarquistas fazem parte da paisagem, onde o fator estético e político se misturam. Por trás das mensagens de contestação, a cidade mostra que tem, sobretudo, um enorme senso coletivo, especialmente com relação ao meio-ambiente.
A reciclagem do lixo é uma prática universal em toda a zona urbana e aumenta cada vez mais o número de lojas e restaurantes dedicados ao consumo de produtos naturais e orgânicos, sob etiquetas BIO. Há sites e guias de estabelecimentos que possuem essa certificação já bastante difundida no comércio. Ecologia e vida saudável chegam a ser quase uma obsessão para os berlinenses.
Embora disponha de uma farta oferta de transporte por metrô, trem de superfície ou ônibus, as bicicletas são um dos meios de locomoção mais populares, usadas pelos moradores de todas as idades, no inverno e no verão, aproveitando a ótima sinalização e a estrutura de ciclovias.
Com tudo isso, fica fácil imaginar porque Berlim está no topo das preferências de turistas, imigrantes e nômades urbanos em busca de novas experiências. Os restos da Alemanha dividida não são mais a atração principal. Duas décadas depois, o Muro de Berlim cedeu espaço a uma cidade renovada, que respira originalidade e efervescência cultural.
Imagens:







Acesse os Vídeos Relcionados:




Breve História do Muro (History chanel - 10 min.):

Jornal Nacional nos dia da Queda (3min):

Jornal Nacional - 20 anos da Queda ( 9 min)


Abraços do